“Coma comida. Mas não em excesso. Vegetais sobretudo.”
Michael Pollan
É o que aconselha Michael Pollan e manifesta no seu livro Em Defesa da Comida, que é a minha sugestão de leitura para este fim de semana. Apesar de já ter sido publicado há algum tempo, só há poucos meses tive oportunidade de cruzar-me com este livro, cujo o nome e o autor me cativaram a lê-lo de imediato.
Michael Pollan é professor de jornalismo conhecido na América pela sua luta por uma alimentação saudável e sustentável. Neste livro ajuda-nos a perceber porque temos cada vez mais dificuldade em saber o que devemos comer. Para mim foi interessante ler e perceber como foi a evolução do nutricionismo e da industria alimentar nas últimas décadas. E conhecer como influenciaram a nossa forma de comer e pensar na nossa alimentação, como é explicado nos três temas abordados neste livro.
No primeiro, descreve-nos como surgiu a ideologia do nutricionismo e como esta nos convenceu que não é importante a comida, mas sim os nutrientes que a constituem. E que o acto de comer deve-se resumir à promoção da nossa saúde física. Uma abordagem reducionista que acabou por incentivar as pessoas a preocuparem-se apenas em ler os rótulos dos alimentos e as calorias contidas, em vez da sua frescura e naturalidade do produto. E cujos os efeitos negativos e contraditórios são aprofundados no segundo capitulo. Aqui é dado ênfase à massificação da industria alimentar que aproveitou as fragilidades desta ideologia, para promover uma alimentação ocidental acessível a todos a um baixo preço, mas também com baixa qualidade nutricional e piores resultados para a nossa saúde. No terceiro e ultimo tema, Michael Pollan mostra-nos como fugir à dieta ocidental e como começar a fazer escolhas alimentares mais acertadas. E demonstra como e sermos mais saudáveis sem no entanto perdermos o prazer de comer.
“O meu objectivo com este livro é ajudar-nos a recuperar a nossa saúde e a nossa felicidade enquanto seres que se alimentam… Mas se a comida e o acto de comer precisam de ser defendidos, deverão ser defendidos de quem ou de quê? Das Ciências da Nutrição, por um lado, e da industria alimentar, por outro e das desnecessárias complicações em torno da comida por ambas forjadas…Trinta anos de conselhos nutricionais deixaram-nos mais gordos, mais doentes e mal nutridos. É por isso que nos encontramos nesta situação delicada: precisamos de uma forma completamente nova de encarar a alimentação.”
Michael Pollan
Outros artigos interessantes…
Continuando o tema da alimentação ocidental, sugiro também a leitura deste artigo* sobre um estudo divulgado à poucos dias que demonstra fortes indícios da ingestão excessiva de açúcar estar relacionada e potenciar o desenvolvimento do cancro da mama. Além das conhecidas consequências da sua ingestão, como a obesidade, os diabetes e os problemas cardíacos. Mais uma razão para termos em atenção as quantidades ingeridas diariamente por cada um de nós e as nossas crianças. No meu caso, decidi começar o ano de 2016 adoptando o hábito de reduzir a porção de açucares ingeridos normalmente e a preferir açucares naturais como o mel e a fruta.
Por ultimo, este artigo* que está a causar polémica na industria de açúcar Americana, ao indicar que se está cada vez mais perto de comprovar como o açúcar pode ser das calorias com efeitos imediatos e mais nefastos para a saúde humana.
Espero que gostem e fico a aguardar as vossas dúvidas e sugestões aqui nos comentários ou na página do Facebook.
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Boa continuação do vosso fim de semana!
Nutri.Healthy.Alex